Cadeia do frio
Transporte em cadeia do frio para vacinas

Devem ser tomadas providências de transporte eficazes e seguras para o transporte de vacinas mantendo as temperaturas corretas. O processo pode ser definido em 5 etapas:

  1. Avaliar as condições de expedição.
  2. Decidir os meios adequados para o transporte de vacinas.
  3. Preparação do envio.
  4. Expedição.
  5. Receção e verificação da cadeia do frio.

Quando se abre novos canais de distribuição ou há quebras recorrentes da cadeia do frio na distribuição atual, recomenda-se rotas de transporte qualificadas. O processo envolve tipicamente a monitorização dos piores casos, a fim de garantir que o pessoal e o equipamento escolhidos, bem como as condições de embalagem sejam capazes de manter temperaturas de transporte aceitáveis, mesmo em tais casos. As orientações sobre como realizar um estudo deste tipo são dadas no documento da OMS Study protocol for temperature monitoring in the vaccine cold chain.

Avaliação das condições de envio 

Cálculo de volumes

Para calcular o volume de vacina a ser enviada, é necessário saber para cada vacina e diluente na remessa:

  • A temperatura de armazenamento necessária: normalmente são considerados 3 intervalos de temperatura para o transporte de vacinas: -15 a -25°C, +2 a +8°C ou ambiente;
  • O número de doses a serem transportadas;
  • O volume embalado por dose (cm3/dose). O volume embalado inclui a ampola de vacina, a embalagem que contém a ampola da vacina e qualquer embalagem intermédia (embalagem secundária).

O volume máximo recomendado de embalagem por dose de vacina e diluentes é:

       

Tipo de vacina

Dose por ampola

cm3 por dose

BCG (liofilizado)

20

1,2

DTP, DT, Td, TT

10

3,0

20

2,0

DTP-HepB

2

6,0

10

3,0

DTP-Hib

10

2,5

DTP+Hib (liofilizado)

1

45,0

DTP-HepB+Hib (liofilizado)

10

12,0

1

22,0

2

11,0

HepB

1

18,0

1 em UNIJECT

30,0

2

13,0

6

4,5

10

4,0

20

3,0

Hib (líquido)

1

15,0

10

2,5

Hib (liofilizado)

1

13,0

2

6,0

10

2,5

Sarampo (liofilizado)

10

3,5

MMR (liofilizado)

1

16,0

10

3,0

MR (liofilizado)

10

2,5

Meningite A&C

20

2,5

50

1,5

OPV

10

2,0

20

1,0

TT em UNIJECT

1

25,0

Febre amarela

5

6,5

10

2,5

20

1,0

Diluente para BCG

20

0,70

Diluente para Hib

1

35,0

10

3,0

Diluente para o sarampo, MR, MMR

1

20,0

10

4,0

Diluente para meningite A&C

20

2,5

50

1,5

Diluente para a febre amarela

5

7,0

10

6,0

20

3,0

Conta-gotas OPV

n/d

17,0 (por unidade)

Diluente para BCG

20

0,70

       

Tenha em conta que o volume obtido da multiplicação do volume embalado por dose pelo número de doses só tem em consideração as embalagens primárias e secundárias, não inclui a embalagem da caixa de frio. A estimativa do volume final de transporte (incluindo a caixa de frio) é necessária para planear corretamente o meio de transporte. Para este efeito, pode ser utilizado um fator de volume da caixa de transporte. O fator de volume depende do tipo de vacina. A Guideline for establishing or improving primary and intermediate vaccine stores da OMS, recomenda os seguintes fatores de volume das caixas de transporte:

  • BCF, OPV, sarampo, MMR, MR = 6,0
  • Outras vacinas = 3,0
  • Diluente, conta-gotas = 1,5

Avaliar a viagem 

Para avaliar a viagem, alguns dos critérios a considerar são:

  • Os modos de transporte e os tipos de veículos.
  • As distâncias de viagem e a sua duração prevista.
  • As condições ambientais: temperatura (dia-noite e temperaturas extremas sazonais) e os riscos geográficos e naturais.

Há 3 fases básicas do transporte na cadeia de fornecimento de vacinas:

  1. Do fabricante a um depósito primário ou central, geralmente em envios internacionais.
  2. Entre depósitos (intermediários), normalmente entre depósitos nacionais ou distritais e até à unidade de cuidados de saúde.
  3. Transporte de longo alcance: entrega final da vacina durante o PAV regular ou para um local de vacinação durante uma campanha de vacinação em massa.

Os modos aéreo ou terrestre são preferidos para o transporte de vacinas. O transporte aéreo é geralmente escolhido para envios internacionais ou de longa distância. O terrestre é utilizado para o transporte de vacinas dentro do mesmo país. O alcance é muitas vezes feito por qualquer meio de transporte terrestre: carro, mota, bicicleta. Devido à longa duração das viagens, as vacinas raramente são transportadas por meios marítimos.

Para mais informações sobre como conceber um sistema de distribuição de vacinas, consulte as Guideline for establishing or improving primary and intermediate vaccine stores da OMS.

Jump to top